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EDUCA SESC 20 2018 Nossas pesquisas deram origem a vários questionamentos: podemos tocar, cantar, silenciar, perceber, inventar, somente dentro da sala de referência? Não! Então sugerimos às crianças que fôssemos fazer tudo isso na rua, na pracinha ao ar livre. O resultado foi parceria, integração, novos repertórios musicais e muita felicidade. A música, em nossa percepção, agiu como elo e como criação de improvisações entre as crianças, independente das idades. Com a junção de canções e instrumentos, percebeu-se que a curiosidade do grupo aumentava. Certa vez, ao recebermos um violão na sala, o desejo de manipular ocasionou uma roda experimental repleta de olhares atentos, ouvidos afiados e muita concentração, uma quietude em cada olhar esperando a sua vez de tocar. Na Proposta Pedagógica da Educação Infantil do Sesc (2015), a música é destacada como uma linguagem potente, que gera reflexões e nos convida a sermos mais ouvintes e protagonistas do mundo. Por isso, oportunizamos um quarto momento, elencando o desenho e a corporeidade como possibilidades de fruir a música, buscando apoio no trabalho do Segni Mossi (2018) e fugindo do estereótipo de que para fruir música é preciso estar sentado e concentrado. Como mencionado anteriormente, nossa proposta busca uma aprendizagem ativa. Será possível desenhar o som? O estranhamento inicial das crianças ao nos questionarem porque trazíamos bolas e canetas para vivenciar uma experiência musical foi se transformando à medida que bolas, canetas, crianças e músicas se conectavam durante os momentos em que desenhavam os sons (com caneta especial para vidros) nas janelas da escola, destacando os percursos e nuances que a sonoridade expressava. As crianças tiveram contato com a intimidade que o som proporciona. Por fim, os vidros externos da escola se transformaram em uma grande pauta musical e renderam uma brincadeira muito rica. Os jogos de mãos também começaram a surgir nos momentos em que estávamos no ambiente externo da escola e se desenrolaram de inúmeras formas, ritmos e improvisações. Consultando o livro Quantas Músicas Tem a Música? Ou Algo Estranho no Museu! , em que a autora Teca Alencar de Brito (2009) lista um catálogo contendo 85 instrumentos musicais com os mais variados tipos de sons e histórias de suas origens, contextualizamos e aprofundamos o estudo sobre os instrumentos conhecidos das crianças. Experiência de escuta dos sons da chuva e do barulho da pisada na poça de água Sons, corpo e movimento. Riscos e rabiscos, a bola vai e vem Escutando a natureza atentamente Franciele Franciele Franciele

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