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EDUCA SESC 6 2018 não as disciplinas – e saber utilizá- las para desenvolver projetos. Não é aprender matemática, é aprender a linguagem matemática, a linguagem histórica, aprender as bases do conhecimento de uma determinada área e ser capaz de utilizar essas bases para desenvolver projetos. As crianças são colocadas em situações de ter problemas, de ter projetos e questões a resolver, trabalhos a realizar, em que eles têm que utilizar essas linguagens para resolver um conjunto de dificuldades. Pode demorar um dia ou um mês, pode ser feito individual ou coletivamente. Ao dizer isto, digo que, no século 19, as pessoas cultas se distinguiam pela acumulação de conhecimentos, o erudito era conhecido por ser uma pessoa enciclopédica, uma espécie de enciclopédia viva. Hoje isso é completamente irrelevante, a enciclopédia está toda no smartphone. É inútil este conhecimento enciclopédico. O que precisamos é conhecer as linguagens para ter uma visão crítica, para distinguir todo o lixo que está aqui (no celular). As falsas informações, todas as coisas erradas que estão neste aparelho. Eu diria que, em vez de disciplinas, linguagens e os projetos. Este é o desafio dos professores: serem capazes de transmitir aos alunos essas linguagens e de os colocar em situação de desenvolver esses projetos. Tudo isso é totalmente diferente de dar aulas para alunos que tomam notas e tiram apontamentos. ESSE SERIA UM PONTO PARA TORNAR A ESCOLA INTERESSANTE PARA OS ALUNOS E CUMPRIDORA DO SEU PAPEL DE ENSINAR? Eu diria que interessante é uma palavra muito difícil, que pode remeter à ideia de brincadeiras e flexibilidade, o que é muito prejudicial às novas correntes pedagógicas. Eu diria uma escola que seja motivadora, desafiadora, uma escola da qual as crianças gostem, na qual se sintam mobilizadas, com vontade de se envolver, de trabalhar, de fazer esforço, Precisamos é conhecer as linguagens para ter uma visão crítica. João Castro
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